domingo, 19 de agosto de 2007

Proposta de Lei Orgânica Nacional para Conselhos Tutelares

Sugestão de projeto de lei complementar para que sejam resolvidos os problemas dos conselhos tutelares no Brasil.2. O texto da justificação tem por base pesquisa que fiz para apresentar Monografia no Curso de especialização em Direito Constitucional Eleitoral realizado pela Universidade de Brasília em convênio com a Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal e o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, no qual sustentei a necessidade de condução das eleições para conselheiros tutelares pela Justiça Eleitoral. No dia 22 de junho de 2006, após a defesa do trabalho, a banca composta pelas Professoras Ana Frazão de Azevedo Lopes, Janaina Lima Penalva da Silva, e pelo colega Promotor de Justiça, Doutor Anderson Pereira de Andrade, decidiu pela aprovação da Monografia.3. Na Monografia sustento, basicamente, que a competência da Justiça Eleitoral, o direito de voto, assim como as pessoas que possuem esse direito decorrente da cidadania, estão regulados na Constituição Federal. E não há mais dúvidas no sentido de que o conselho tutelar é órgão que encontra fundamento na Constituição (art. 227, § 7º e art. 204 e incs. I e II), previsto na norma geral editada pela União, a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente -, e, portanto, trata-se de órgão de existência obrigatória na estrutura dos Municípios e do Distrito Federal. Por isso, não pode lei municipal estabelecer o voto como facultativo e nem a Justiça Eleitoral deixar de fiscalizar a forma como esse voto é coletado.4. Independentemente do resultado acadêmico da Monografia mencionada e de eventual mérito que possa ela ter, é certo, porém, que não é possível continuar tratando essas eleições como «eleições não oficiais» como consta da Resolução 19.877, de 17 de junho de 1997, do Tribunal Superior Eleitoral (Diário da Justiça. Brasília, 7 ago. 1997, pp. 35491-35492), que «estabelece normas para a utilização do sistema eletrônico de votação nas eleições não oficiais». Nessa Resolução prevê-se que o pedido de cessão dos equipamentos que compõem o sistema eletrônico de votação não poderá ser deferido dentro dos 120 dias que antecedem a realização de eleições (art. 19). Para as eleições para conselheiros tutelares em 2006, em Brasília, sugeri ao Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal que formulasse convite ao Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal para celebração de convênio para que a própria Justiça Eleitoral conduzisse o pleito com a estrutura existente. Em 20 de fevereiro de 2006 a Diretora-Geral do TRE-DF, Ivana H. Ueda Resende, decidiu que «há óbices técnicos para atendimento do pedido, conforme parecer da Secretaria de Informática deste tribunal». Acompanha a decisão o «Memo nº 051/2006», de 17 de fevereiro de 2006, do Coordenador de Sistemas Eleitorais substituto Andrey Bernardes Pousa Corrêa, dirigido à Secretaria de Informática, no qual consta, textualmente:"Informo a Vossa Senhoria que a eleição em questão não poderá ser executada por este Tribunal pelos seguintes motivos:· A segurança da eleição, em termos de identificação do eleitor, não poderá ser implementada, pois o Conselho não tem cadastro dos eleitores ligado a um local de votação. Ex: um cidadão de uma região administrativa poderá votar em qualquer local daquela RA;· Os eleitores aptos a votar engloba todos os cidadãos do Distrito Federal acima de 16 anos, ou seja, teríamos que disponibilizar todas as urnas eletrônicas existentes no D.F. para atender o pedido, e toda a estrutura de uma eleição oficial;"Informo ainda que, após reunião feita com os representantes do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, informei aos mesmos das dificuldades e barreiras encontradas por este Regional em executar a referida eleição e sugeri que o referido Conselho crie uma forma de cadastramento dos futuros eleitores, indicando a cada eleitor um número único e senha, para eliminar a possibilidade do eleitor votar mais de uma vez, e futuramente, implementar uma eleição via internet. Para implementação deste tipo de eleição é necessário um estudo detalhado de custos, logística, equipamentos, recursos humanos e verificar a viabilidade de implementar a eleição em questão de forma informatizada."5. Do meu ponto de vista, trata-se de flagrante e equivocada omissão, que arrola motivos inconsistentes para tentar justificar o injustificável: a continuidade do afastamento da Justiça Eleitoral das eleições para conselheiros tutelares. O que pretendia o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal era a celebração de um convênio para que o próprio TRE-DF conduzisse as eleições, considerando a participação dos cidadãos de acordo com as Zonas Eleitorais, que estão inseridas em cada Circunscrição Judiciária, região de atuação de cada conselho tutelar. Essa omissão não pode continuar, mesmo que a lei não seja modificada.6. É claro que essa sugestão de projeto de lei complementar precisa ser amadurecida, debatida, aperfeiçoada... Foi utilizada, além da questão da Justiça Eleitoral, a Resolução 75, do Conanda.7. Coloco-me à disposição de todos os interessados para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários, assim como para discutir e aperfeiçoar a proposta.Abraços a todos.PedrOOto
Click aqui para acessar o texto: http://www.abmp.org.br/publicacoes/Portal_ABMP_Publicacao_1002.doc

sábado, 11 de agosto de 2007

Discurso consciência ambiental da criança Eco 92

Veja vídeo em Inglês, com legendas em Português: Severn Suzuki:
http://www.mpdft.gov.br/orgaos/promoj/infancia/variedades/Child_Eco92.wmv
Olá, eu sou Severn Suzuki
Represento aqui na ECO, a Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente. Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 e 13 anos, tentando fazer a nossa parte, contribuir.
Vanessa Sultie, Morgan Geisler, Michelle Quigg e eu. Foi através de muito empenho e dedicação que conseguimos o dinheiro necessário para virmos de tão longe, para dizer a vocês adultos que, têm que mudar o seu modo de agir.
Ao vir aqui hoje, não preciso disfarçar meu objetivo, estou lutando pelo meu futuro. Não ter garantia quanto ao meu futuro não é o mesmo que perder uma eleição ou alguns pontos na bolsa de valores.
Estou aqui para falar em nome das gerações que estão pôr vir.
Eu estou aqui para defender as crianças que passam fome pelo mundo e cujos apelos não são ouvidos.
Estou aqui para falar em nome das incontáveis espécies de animais que estão morrendo em todo o Planeta, porque já não têm mais aonde ir.
Não podemos mais permanecer ignorados.
Eu tenho medo de tomar sol, pôr causa dos buracos na camada de ozônio.
Eu tenho medo de respirar este Ar, porque não sei que substâncias químicas o estão contaminando.
Eu costumava pescar em Vancouver, com meu pai, até que recentemente pescamos um peixe com câncer...e agora temos o conhecimento que animais e plantas estão sendo destruídos e extintos dia após dia...
Eu sempre sonhei em ver grandes manadas de animais selvagens, selvas e florestas tropicais repletas de pássaros e borboletas e hoje eu me pergunto se meus filhos vão poder ver tudo isso...
Vocês se preocupam com essas coisas quando tinham a minha idade???
Tudo isso acontece bem diante dos nossos olhos e mesmo assim continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções.
Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções, mas quero que saibam, que vocês também não tem...

Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio...

Vocês não sabem como salvar os peixes das águas poluídas...

Vocês não podem ressuscitar os animais extintos...

E vocês não podem recuperar as florestas que um dia existirame onde hoje é um deserto...

SE VOCÊS NÃO PODEM RECUPERAR NADA DISSO,
PÔR FAVOR PAREM DE DESTRUIR !!!

Aqui vocês são os representantes de seus governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos, mas na verdade vocês são mães e pais, irmãos e irmãs, tias e tios e todos também são filhos...
Sou apenas uma criança, mas sei que todos nós pertencemos a uma sólida família de 5 bilhões de pessoas (1.992) e ao todo somos 30 milhões de espécies compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo. Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade.
Sou apenas uma criança, mas sei que esses problemas atinge a todos nós e deveríamos agir como se fôssemos um único mundo rumo a um único objetivo. Eu estou com raiva, eu não estou cega, e eu não tenho medo de dizer ao mundo como me sinto.
No meu país geramos tanto desperdício, compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora e nós, países do norte, não compartilhamos com os que precisam, mesmo quando temos mais que o suficiente, temos medo de perder nossas riquezas, medo de compartilhá-las.
No Canadá temos uma vida privilegiada, com fartura de alimentos, água e moradia. Temos relógios, bicicletas, computadores e aparelhos de TV.
Há dois dias, aqui no Brasil, ficamos chocados quando estivemos com crianças que moram nas ruas. Ouçam o que uma delas nos contou:

'Eu gostaria de ser rica, e se fosse, daria a todas as crianças de rua alimentos, roupas, remédios, moradia,amor e carinho...'.

Se uma criança de rua que não tem nada, ainda deseja compartilhar, pôr que nós, que temos tudo, somos ainda tão mesquinhos???
Não posso deixar de pensar que essas crianças têm a minha idade e que o lugar onde nascemos faz uma grande diferença. Eu poderia ser uma daquelas crianças que vivem nas favelas do Rio, eu poderia ser uma criança faminta da Somália ou uma vítima da guerra no Oriente Médio ou ainda uma mendiga na Índia...
Sou apenas uma criança mas ainda assim sei que se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso que a Terra seria.
Na escola, desde o jardim da infância, vocês nos ensinaram a sermos bem comportados. Vocês nos ensinaram a não brigar com as outras crianças, resolver as coisas da melhor maneira, respeitar os outros, arrumar nossas bagunças, não maltratar outras criaturas, dividir e não sermos mesquinhos...

ENTÃO PÔR QUE VOCÊS FAZEM JUSTAMENTE O QUE NOS ENSINARAM A NÃO FAZER???

Não esqueçam o motivo de estarem assistindo a estas conferências e para quem vocês estão fazendo isso.
Nos vejam como seus próprios filhos, vocês estão decidindo em que tipo de mundo nós iremos crescer.
Os pais devem ser capazes de confortar seus filhos dizendo-lhes 'Tudo vai ficar bem, estamos fazendo o melhor que podemos, não é o fim do mundo...', mas não acredito que possam nos dizer isso. Nós estamos em suas listas de prioridades ???
Meu pai sempre diz :

'Você é aquilo que faz, não o que você diz'.

Bem, o que vocês fazem, nos faz chorar à noite...
Vocês adultos dizem que nos amam...
Eu desafio vocês, pôr favor façam com que suas ações reflitam as sua palavras...

Obrigada

Engenheiros do Havaí

Herdeiro da Pampa Pobre:http://www.youtube.com/watch?v=voGlx7J6Zvo&mode=related&search=

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